Segundo a edição deste ano do “Pequeno Livro Verde” do Banco Mundial, que reúne dados relativos ao ambiente e desenvolvimento de 200 países, as emissões de CO2, o principal gás causador do efeito de estufa, continuam a crescer sendo originadas em partes iguais pelos países industrializados e em vias de desenvolvimento.
Em 1960, os países em desenvolvimento representavam apenas um terço do total das emissões mundiais.
O relatório refere que a poluição provocada por dióxido de carbono tem crescido mais rapidamente nos países mais pobres, sobretudo no Sudeste Asiático.
Mas a tendência de crescimento é também visível nos países mais ricos, sobretudo nos Estados Unidos da América (EUA) e no Japão que registaram um forte incremento das emissões de CO2 entre 1990 e 2003 (20 e 15 por cento respectivamente).
Os países da União Europeia tiveram um aumento global de três por cento, mas Portugal cresceu muito acima desta média (26,5 por cento entre 1990 e 2003).
Como grupo, os países mais ricos estão claramente a derrapar face aos compromissos do Protocolo de Quioto, que estabelece uma redução média das emissões de 5,2 por cento até 2012, face aos níveis de 1990.
Os países da Europa de Leste e da Ásia Central são a excepção devido aos efeitos da recessão dos anos 90.
Em 2003, 22 por cento do total das emissões mundiais eram originadas nos EUA, seguindo-se a China com 16 por cento e a União Europeia com 10 por cento.
A Federação Russa era o quarto principal poluidor (seis por cento), seguida de perto pela Índia e pelo Japão (cinco por cento cada).
De acordo com o relatório, no grupo dos países em desenvolvimento, a China e a Índia são os maiores poluidores.
Na China, as emissões de CO2 aumentaram 1,7 milhões de toneladas entre 1990 e 2003 (mais 73 por cento) e na Índia 700 milhões de toneladas (mais 88 por cento).
Com Lusa
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