O “bom tempo” e o “mau tempo” são conceitos algo vagos e dotados de grande subjectividade.
Como se poderá justificar que neste Inverno o “mau tempo” tem sido predominante? Em altura de crise económica a abundância de água não será benéfica para Portugal, na medida e que diminui a nossa dependência do petróleo para a produção de electricidade?. As nossas barragens ainda não atingiram os máximos de capacidade apesar da precipitação (líquida e sólida) que tem caído nos últimos meses. Desta feita, será bom para todos nós que continue a chover apesar da saturação que já se vai observando nas pessoas relativamente ao “mau tempo”.
Como se poderá dizer que o tempo está mau quando chove se, por vezes, a chuva é necessária também para a agricultura. E reafirmo por vezes, pois a chuva também só é benéfica se cair na altura certa. Por exemplo, para a cultura da vinha uma chuvada forte no Verão, pouco antes da vindima, pode deitar abaixo toda uma colheita.
Já os dias de Sol estão sempre associados ao “Bom Tempo”! Então tivemos muito bom tempo durante as secas severas de 2004/2005 e do início da década de 90. Será “bom tempo” ver o gado a morrer à sede e à fome? Será “Bom Tempo” ver colheitas destruídas por falta de chuva. De facto, não chove e temos dias soalheiros, mas muitos dias soalheiros, em particular no inverno, podem ser desastrosos.
Provavelmente, a associação do bom tempo aos dias soalheiros e do mau tempo aos dias de chuva é típica de indivíduos urbanos sem mais nenhuma preocupação na vida do que ter que decidir a roupa que se veste ou se guarda-chuva vai fazer falta. Ou seja, aquelas pessoas que acham que a comida dos hipermercados estará sempre nas prateleiras quer, faça sol, ou faça chuva. Ou ainda, aqueles que recebem sempre o seu ordenado independentemente do estado do tempo. O grande problema é pensar que a maior parte de nós vive em meio urbano e tem pouca consciência dos efeitos do estado de tempo na economia das regiões.
De qualquer forma, e tal como pode ser comprovado por este “post”, as imagens sobre o “mau tempo” são bem mais interessantes e espectaculares. Claro que esta afirmação enferma, também, de grande subjectividade.

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