A
B
O contraste entre a grande propriedade no Alentejo (A) e a pequena propriedade na Beira Litoral (B). As imagens estão quase à mesma escala e o padrão da paisagem agrícola é claramente distinto num caso e no outro. No primeiro caso (A) quase é possível contar o número de propriedades agrícolas. No segundo caso (B) a tarefa é impossível. Aqui a excessiva fragmentação da propriedade é um dos problemas estruturais mais graves da agricultura portuguesa. Trata-se de uma agricultura familiar, em regime de policultura, intensiva em mão-de-obra e de muito difícil mecanização. Na grande propriedade no Alentejo também há problemas. A mecanização é mais fácil e comum, no entanto, a pobreza dos solos e um grande peso da agricultura de sequeiro são grandes entraves ao desenvolvimento agrícola. A área de regadio, ao contrário do que acontece mais a Norte, é ainda relativamente reduzida.
Os contrastes são também claros ao nível do povoamento: o povoamento distintamente concentrado no Alentejo, em oposição a um povoamento disperso na Beira litoral
Informação actualizada pode mudar o discurso.
Na verdade, as situações do Norte e do Sul de Portugal são seculares, com uma tendência para uma constante subdivisão da propriedade.
Nos últimos 35 anos vividos, pude apreciar esforços da sociedade e das lideranças governamentais para objectivos como o Emparcelamento da Proriedade, como se essa medida pudesse resolver o desemprego , a productividade, a balança comercial etc, etc.
Lembremos que a elevada productividade se alcança hoje em estufas e outras casas de vegetação. Seria melhor terraplanar as pequenas propriedades e juntá-las todas debaixo de enormes Pivots com 100 hectares cada um, para produzirem culturas arvenses pobres, de miserável viabilidade económica?
Parece então que o emparcelamento também tem seus limites de funcionalidade e de viabilidade económica, técnica e empregatícia.
O meio termo poderá ser a solução desde que se dimensionem novos equipamentos, novas tecnologias para aumentar a productividade nas dimensões actuais das propriedades. Ou seja equipamentos menores no Norte e ( caso curioso) também equipamentos menores no Sul.
O gigantismo dos grandes sistemas tem seu paradigma concluido como o foi nos Estados Unidos, no Brasil , Espanha e outros onde as arvenses vão sendo cultivadas.
Automatizar de forma a incrementar a produção, o comércio e a exportação, é a tarefa que urge concluir para dar continuidade á obra de alimentação de Portugal e da Europa que vêm se abastecendo através dos canais de importação.
Produzimos apenas 25% dos nossos alimentos e temos gente desempregada !!! Qual seria a óbvia política para a agricultura de Portugal e da UE?
Atenciosamente,
Jorge de Sousa
jorge@nortecnet.com.br
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