A imagem é uma interpretação muito esquemática de uma imagem Meteosat que se encontra no manual de Geografia do 10º ano da Constância Editores (fig.9, pág. 169). Retrata a situação atmosférica global no dia 21 de Outubro de 2006, às 18 horas.
Apesar de ser um dia específico e de não se tratar de uma situação média, a figura ilustra bem as faixas de altas e baixas pressões, traduzidas aqui pela presença ou ausência de cobertura nebulosa. Assim, as áreas sem nebulosidade, ou de nebulosidade mais baixa são zonas anticiclónicas. Podem ser as regiões mais escuras sobre os oceanos (por exemplo no Atlântico Sul e Atlântico Norte) e, sobre os continentes, são perfeitamente identificáveis por serem zonas sem nebulosidade onde são bem visíveis os contornos e características dos continentes (por exemplo, na região do Sahara e Kalahari). Já os anticiclones polares surgem de forma diferentes em virtude de se tratar de áreas geladas. Desta forma, apresentam-se com cores que variam entre os brancos e os cinzentos.
As zonas nebulosas têm características diferentes. Na Zona da Convergência Intertropical (ZCIT) a cobertura nebulosa apresenta um padrão descontínuo, em que as nuvens surgem em pequenos núcleos de reduzido desenvolvimento horizontal. A cor branca intensa destes núcleos sugere que o topo das nuvens é formado por gelo e, por isso, trata-se de nuvens de grande desenvolvimento vertical conhecidas por cúmulos-nimbos. O padrão das nuvens nas latitudes médias já é completamente diferente. As nuvens surgem em faixas mais ou menos alongadas, podendo chegar a vários milhares de quilómetros de extensão. É a zona das perturbações da frente polar, perfeitamente visíveis entre os ciclones extra tropicais e os anticiclones subtropicais, mostrando claramente o “choque” entre o ar frio vindo das latitudes mais elevadas e o ar quente tropical.