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Archive for Fevereiro, 2008

O controlo do estado do tempo e a sua evolução é, hoje, um aspecto fundamental para a humanidade.

As previsões do tempo e as cartas sinópticas que têm sido aqui apresentadas vão colher informação vital aos satélites meteorológicos. Estes satélites estão colocados numa órbita geoestacionária. Isto implica que o satélite roda numa velocidade semelhante à da rotação da Terra o que lhe confere uma aparente imobilidade. O satélite encontra-se sempre sobre a mesma região e, geralmente, sobre a linha do Equador.

A figura, retirada do site da EumetSat mostra toda a rede mundial de satélites meteorológicos que cobrem a totalidade do planeta Terra.

O satélite que fornece informação Meteorológica para toda a Europa e África é o Meteosat, em que o da última geração (Meteosat 8) está situado a 3,4º Long. Oeste e 0º latitude (sobre o Equador).

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European Organisation for the Exploitation of Meteorological Satellites

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Texto: Inês Palma

Mais de metade dos lojistas atingidos pelas cheias na baixa de Setúbal na segunda-feira (18/02/2008) não têm seguro e muitos necessitam de apoio financeiro para reabrir portas.

Já foram contactados cerca de uma centena de comerciantes afectados pelas inundações, mas cerca de 65% não têm seguro e muitos perderam quase tudo, incluindo mobiliário, equipamento informático entre outros produtos.


Av. 22 de Dezembro    

Praça do Bocage


Praça do Bocage


Ribeira

Av. Alexandre Herculano

 


Quem reside na zona assinalada no mapa, está em pleno leito de cheias. Numa situação de tempestade e forte precipitação, conjugada com período de maré-cheia, o risco de inundações aumenta consideravelmente.

Texto: Inês Palma

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Hoje, dia 22 de Fevereiro 2008, é esperada mais chuva, em particular no Sul do País. Às 9.30 horas já caía no litoral alentejano e ao largo do Algarve. A chuva progride, mais uma vez, de norte para sul e o fim-de-semana vai ser chuvoso e, a julgar pelas cartas de prognóstico a chuva vai cair de forma intensa. Vamos esperar que, pelo menos, a desgraça não se repita.

A situação às 6.00 horas mostrava já uma linha de instabilidade que se aproxima do Algarve e que está a ser responsável pela chuva muito localizada a sul do país, visível na imagem de radar.

Para os próximos dias a previsão não é animadora. Apresentam-se, em seguida as cartas de prognóstico para o fim-de-semana. A pequena linha de instabilidade que hoje se observa vai agravar-se e uma frente oclusa de grande actividade, associada a uma depressão situada a sul de Portugal, vai atravessar Portugal de sul para Norte.

 

 

 

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…Mas nem só os parques foram inundados em Setúbal. A Ana Campos tirou umas fotografias da cidade de Setúbal onde os efeitos das inundações estão bem visíveis. Estradas cortadas, carros cobertos de água, etc. Os prejuízos foram enormes! São os lugares que conhecemos do dia a dia mas que agora estão bem diferentes…

 

Foto: Ana Campos

Foto: Ana Campos

Foto: Ana Campos

Foto: Ana Campos

 

 

 

 

 

 

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No passado dia 17 de Fevereiro coloquei um post sobre a aproximação da chuva e a sua deslocação para Norte. Sabia que iria chover bastante mas estava longe de imaginar a desgraça que se sucederia.

Assim, este artigo será dedicado às consequências dessa chuva forte em Setúbal, ilustrado com imagens tiradas pelos meus alunos que, neste dia, foram mais cedo para casa.

As imagens que se seguem são da autoria do André Gonçalves que gentilmente as cedeu para as partilhar com todos.

Obrigado pelas imagens

Foto: André Gonçalves

Foto: André Gonçalves

Foto: André Gonçalves

Foto: André Gonçalves



Foto: André Gonçalves

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8 Horas


9 Horas


10 Horas

11 Horas 12 Horas 13 Horas

A chuva regressou e veio para ficar.

As imagens de radar do Instituto de meteorologia entre as 8 horas da manhã e as 13 horas da tarde mostram bem a progressão da chuva de Sudoeste para Nordeste. A chuva começou a cair com intensidade no Algarve logo às 8 horas e depois foi progredindo para nordeste. Afectou, também, a região da Andaluzia. Esta progressão está associada à movimentação de Sudoeste para Nordeste de uma frente oclusa associada a uma depressão situada a Oeste de Portugal continental

A ausência de chuva em Trás-os-Montes é uma realidade e prende-se com o facto de esta região não estar sob a influência da depressão que afecta o estado de tempo em quase todo o território nacional. Está sob a influência de um anticiclone que afecta o estado de tempo na Europa ocidental.

Para amanhã a chuva continuará como atesta a carta de prognóstico para as 12 horas do dia 18 de Fevereiro de 2008. Contudo é já provável que a chuva atinja o nordeste de Portugal.

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NASA – Earth observatory

(Clickar na imagem para a ver completa)

Esta imagem de satélite mostra a cidade de Nova Deli. Podem-se observar múltiplos aspectos que podem estar presentes em espaço urbano:

  • Áreas de elevada densidade de construção;
  • Vale fluvial;
  • Espaços verdes: áreas florestais, áreas agrícolas;
  • Vias de comunicação;
  • Diferentes estruturas urbanas.

Estes diferentes aspectos da paisagem mostram bem a evolução histórica da cidade. A cidade velha apresenta uma forte densidade de construção, mas com edifícios de baixa altitude. Quase não se vê vegetação. A contrastar a cidade nova foi construída ao longo de largas avenidas arborizadas que ligam parques, monumentos e edifícios governamentais.

A ocidente de Nova Deli está localizada uma reserva florestal que dá uma ideia de coimo seria a paisagem da região antes do crescimento urbano entretanto verificado. De notar ainda a existência de campos agrícolas férteis a noroeste de nova deli, que são parte do instituto indiano de pesquisa agrícola

Nova Deli é a capital da Índia e ocupa uma área de 1500 Km2, nos quais vivem 22 milhões de habitantes, portanto mais do dobro da população portuguesa!

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Foto: Diogo Monteiro

Foto: Diogo Monteiro

Foto: Diogo Monteiro

Foto: Diogo Monteiro

Recentemente foi colocado um “post” sobre os nevoeiros de radiação no Parque de Vanicelos em Setúbal. Na altura tinha referido que esse tipo de nevoeiros era muito frequente em Trás-os-Montes. Essa maior frequência prende-se com as características do relevo da região, onde pontuam grandes áreas montanhosas e vales mais ou menos profundos. Assim, o processo é, resumidamente, o seguinte:

  • O ar frio forma-se no topo das montanhas mais altas;
  • O arrefecimento nocturno é mais acentuado em dias de calma atmosférica e de céu limpo;
  • O ar frio como é mais pesado e mais denso tem tendência a descer para as áreas topograficamente mais deprimidas (fundos de vale, áreas planas de menor altitude);
  • Formam-se, assim, “lagos de ar frio” em regiões de menor altitude;
  • O ar frio que torna-se visível pela condensação que se gera em virtude da descida da temperatura formando nevoeiros mais ou menos densos;
  • O gradiente térmico em altitude é diferente do habitual. Nestas situações, as regiões a altitudes mais elevadas estão ligeiramente mais quentes do que as regiões de menor altitude, pois o ar frio deslocou-se para os fundos de vale e áreas topograficamente mais deprimidas;
  • Estes nevoeiros, durante o Inverno, podem manter-se mesmo durante o dia, pois o aquecimento diurno não é suficiente para o dissipar.

As fotos (tiradas por Diogo Monteiro) mostram os cumes da Serra do Alvão perto de Lamas d’Olo, uma pequena aldeia perto de Vila Real situada a grande altitude. O nevoeiro que se observa tapa por completo a cidade de Vila Real que deveria estar visível. Os cumes da Serra do Alvão estão soalheiros e a sensação de conforto climático é bem maior do que se sente na cidade de Vila Real, tradicionalmente mais quente que os cumes montanhosos que a envolvem.

Estes nevoeiros invernais sobre a cidade de Vila Real podem manter-se durante vários dias.

Um agradecimento especial ao Diogo que me enviou estas extraordinárias fotos.

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