Inicia-se hoje uma nova rúbrica designada por “Cadernos de Campo“. A oportunidade deve-se ao início do estudo do relevo no 7ºano e os esboços de campo são instrumentos fundamentais do trabalho prático em Geografia.
Segundo a Wikipédia:
“Um caderno de campo é uma ferramenta usada por investigadores de várias áreas para fazer anotações quando executam trabalhos de campo. É um exemplo clássico de fonte primária.
Os cadernos de campo são normalmente os blocos de notas em que investigadores escrevem suas observações. Esta ferramente de pesquisa é geralmente usada por biólogos, geólogos, geógrafos, paleontólogos, arqueólogos, antropólogos (etnógrafos), etnomusicólogos e sociólogos
Após servirem para a elaboração das pesquisas, os cadernos de campo transformam-se em documentos, geralmente presente nos arquivos pessoais dos académicos e, dependendo do valor histórico de suas obras, podem passar para arquivos públicos.”
De facto, e no que diz respeito ao estudo do relevo, podem encontrar-se nos Cadernos de Campo vários esboços de campo, Blocos Diagramas.
Provavelmente os Cadernos de Campo mais importantes e conhecidos da geografia serão os de Orlando Ribeiro, grande geógrafo português. Aqui podem-se encontrar pequenos textos, esboços, interpretações de paisagens, de relevo, etc.
Página de um caderno de campo de Orlando Ribeiro
Vistas do litoral sul da parte oriental da Ilha da Madeira, Agosto de 1947. (CC nº 35, 1ª parte, p. 33). Fotografia de Duarte Belo, © dos originais Suzanne Daveau.
Alguns dos esboços presentes nos cadernos de campo são autênticas obras de arte. Mas a função desses esboços está muito longe se se tornarem objectos de valor artístico por si só. São representações esquemáticas muito expressivas da ocupação do solo, do relevo, dos principais aspectos da paisagem. Ou seja, não pretendem ser uma “fotografia” exacta do que se v~e, mas antes um realçar dos aspectos mais importantes. Estes últimos dependem muito do objecto de análise. Por exemplo, se a observação se centra no relevo, então nem sequer é necessário representar as casas, os povoados, as estradas, a vegetação, etc. O importante, aqui, são os montes, os vales os barrancos, os valeiros, as formas e a inclinação das vertentes, etc. Estes esboços servem, por isso, para fazer uma interpretação subjectiva e selectiva do que se observa.
Os temas que se podem encontrar num Caderno de Campo são muito variados, mesmo tendo em conta somente os cadernos de Geógrafos. No entanto, há algo em comum: a observação e interpretação através do desnho e do esboço de paisagens naturais ou humanizadas.
E assim, no sétimo ano, se fecha um ciclo: começamos pela análise escrita da paisagem. Agora, no final do ano lectivo, no estudo do relevo, vamos vê-las, também, a partir do desenho.
PTG
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