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Archive for the ‘Clima e meteorologia’ Category

Afinal o recorde de temperatura máxima registada já não pertence a Al Aziziyah, na Líbia no dia 13 de Setembro de 1922 que terá sido de 58°C (136.4°F). De acordo com novos estudos este valor terá sido mal calculado e o erro ronda os 7ºC (12.6°F).

 


Al Azizia em 1923.

 

A Organização Meteorológica Mundial chegou à conclusão, através do trabalho de Christopher C. Burt que o indivíduo responsável pela leitura dos termómetros era um observador novo e inexperiente no uso de um novo e desadequado instrumento que, à época, veio substituir um mais antigo. Este novo instrumento, mais um observador inexperiente geraram leituras de temperatura erradas.

Um dos aspectos que chamou à atenção dos investigadores foi a observação do gráfico em baixo.


O gráfico (elaborado por Jim Petit) faz a comparação das temperaturas máximas diárias em Setembro de 1922 em 5 estações meteorológicas que se situavam nas imediações de Al Azizia. É evidente uma mudança brusca em Al Azizia (a castanho) a partir do dia 11, altura em que a evolução das temperaturas deixa de estar em linha com a das restantes estações, mostrando um claríssimo “salto” nos registos de temperatura, indicando uma evidente falta de homogeneidade nos dados de observação.

Resolvido o problema da identificação do erro, interessava agora saber, afinal, qual era o recorde de temperatura máxima. Estes investigadores chegaram à conclusão que o valor registado ocorreu a 10 de Julho de 1913 no Vale da Morte (Greenland Ranch, Califórnia – EUA) e foi de 56,7ºC (134ºF). Este valor era, até então, o 2º valor mais elevado.

Estação meteorológica de Greenland Ranch, Death Valley, em 1922.

Mais pormenor e um excelente vídeo com o documentário desta pesquisa pode ser encontrado em http://www.wunderground.com/blog/weatherhistorian/ .

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A previsão da evolução da vaga de frio em Fevereiro de 2012, entre as 6 horas de dia 2 e as 12 horas do dia 5 de Fevereiro. A cor rosa representa valores negativos. De notar que, às 6 da manhã (hora da temp. mínima), todo o território de Portugal continental estará com temperaturas negativas, nas madrugadas do dia 3 e 4 de Fevereiro.

O frio progride durante a noite, a parir das 18 horas, e vem de Nordeste para sudoeste. Pelo menos no sul e sudoeste de Portugal a vaga de frio terminará no dia 5. Temperaturas baixas continuarão a registar-se no interior Norte e, ainda no interior de Espanha.


06 horas de 02 de Fev. 2012


12 horas de 02 de Fev. 2012


18 horas de 02 de Fev. 2012


00 horas de 03 de Fev. 2012


06 horas de 03 de Fev. 2012


12 horas de 03 de Fev. 2012


18 horas de 03 de Fev. 2012


00 horas de 04 de Fev. 2012


06 horas de 04 de Fev. 2012


12 horas de 04 de Fev. 2012


18 horas de 04 de Fev. 2012


00 horas de 05 de Fev. 2012

06 horas de 05 de Fev. 2012

12 horas de 05 de Fev. 2012

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Um vídeo simplesmente genial sobre a nebulosidade e o nevoeiro nas ilhas canárias, realizado e produzido por  Daniel López.

O vídeo foi feito ao longo de um ano e a mais de 2000 metros de altitude. Todas as imagens foram agrupadas e animadas para produzir uma animação fantástica que nos permite verificar como a atmosfera é um fluido e se pode comportar como a água.

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As Auroras Boreais (” Northern Lights), são um dos maiores espectáculos que a natureza nos pode oferecer. Neste vídeo da National Geographic vemos condensado em pouco mais de 4 minutos todo o fenómeno que durou durante toda a noite. É mais uma forma de poder ver a maior atividade solar que se está a registar agora e que se vai manter até 2013.

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O Sol está a atravessar um período de atividade máximo no seu ciclo de onze anos. Neste final de Janeiro de 2012 o Sol está a fazer uma demonstração do que se poderá seguir ao longo do máximo de atividade de 2012/2013. A explosão solar verificada esta semana tem o potencial de interferir em algumas comunicações e provocar auroras boreais nas regiões de latitudes mais elevadas.

A enorme explosão solar que ocorreu esta segunda-feira de madrugada, poderá afectar os sistemas de comunicações na Terra. A NASA reafirma esta fase de maior atividade solar. O filme que se apresenta é retirado da NASA Earth Observatory e embora pequeno, mostra bem a magnitude da explosão ocorrida que se dirigiu à Terra.

20120123_flare_304.web.h264.mov

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A previsão para as 15 horas de hoje não são animadoras. Está prevista muita chuva e vento moderado a forte de Sudoeste. A chuva e o vento serão particularmente intensos no norte e centro litoral. O mau tempo está relacionado com a passagem de uma superfície frontal sobre o território continental, superfície esta associada a uma depressão muito cavada e com pressões muito baixas no seu centro, localizada a noroeste da Península Ibérica e a oeste das Ilhas Britânicas. A superfície frontal está bem marcada na imagem pelos valores mais elevados de precipitação que se alongam no sentido NO-SE e que atingirão o continente entre as 12 e as 15 horas.

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JANEIRO 

 

JULHO 

Fonte dos dados: NCEP; Mapas realizados em GrADS

A precipitação global também se distribui numa lógica zonal. As áreas mais chuvosas coincidem com as áreas de pressão mais baixa. Por esta razão as regiões equatoriais são as que registam maiores quantidades de precipitação, seguida das latitudes médias, zona onde se forma a frente polar. Ao contrário, as regiões com menores alores coincidem com as zonas de altas pressões: altas pressões polares e subtropicais. A distribuição da precipitação entre Jnaeiro e Julho acompnaha exacatamete a deslocação para Norte e para Sul dos principais centros de acção. Assim, a Zona de Convergência Inter Tropical (ZCIT) está localizada mais a Sul no mês de Janeiro, logo os maiores valores de precipitação estão deslocados para o Hemisfério Sul na região equatorial. O inverso observa-se em Julho. O mesmo se pode observar na deslocação para Norte ou para Sul das duas faixas de anticiclones subtropicais, às quais estão associados valores baixos ou nulos de precipitação. Também a deslocação da frente polar é observável nestes mapas. Por exemplo, em Janeiro, em Portugal, registam-se valores relativamente elevados de chuva, em especial no Norte e Centro, enquanto que a acção da faixa das altas pressões subtropicais em Julho é responsável por valores muito baixos ou mesmo nulos, em especial no Sul do país.

Se centrarmos a nossa atenção em África e no Centro Sul da Europa, o efeito das estações do ano e da deslocação da ZCIT torna-se ainda mais nítido.

Fonte dos dados: NCEP; Mapas realizados em GrADS

Em Janeiro, quando a ZCIT está localizada mais a Sul, os maiores valores de precipitação registam-se na África Austral. Nesta altura a descida da Frente polar para Sul faz aumentar os valores de precipitação na Europa e Norte de África. Em Julho a subida da CIT desloca os elevados valores de precipitação até à margem Sul do Deserto do Sahara. Nesta altura a subida das altas pressões subtropicais para regiões mais setentrionais é responsável pelos baixos (ou mesmo nulos) valores de precipitação em todo o Norte de África e Sul da Europa.

 

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Normalmente associamos os relâmpagos com origem numa núvem (normalmente cúmulo-nimbo) e como destino o solo. Mas há também aqueles que “viajam” do solo para a núvem ou, ainda, aqueles que são horizontais, ou seja, que não tocam no solo, mas que se deslocam pelo céu entre as núvens. É precisamente este o caso que está ilustrado na figura. Nesta época de muita chuva e trovoadas esta parece-me uma curiosidade interessante.

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A Península Ibérica é uma pequena região à escala global, mas apresenta grandes contrastes espaciais no que diz respeito à distribuição espacial da precipitação. Há um grande contraste entre a região Noroeste e Sudeste, sendo que na primeira se registam valores muito mais elevados de precipitação do que na segunda. Os mapas que se seguem mostram que os contrastes também são importantes à escala estacional, ou seja, há também contrastes muito significativos entre estações do ano.

Dados de precipitação (Cliamte Research Unit – University of East Anglia)

Mapa realizado c om o Sotawre GrADS

 

Precipitação média de Inverno

Na época mais chuvosa do ano, Outono, Inverno e Primavera, há um acentuado contraste Noroeste/sudeste, em que as Rias Galegas registam os valores mais elevados de precipitação. A figura refere-se ao Inverno, estação do ano em que esse contraste é mais nítido. O Litoral mediterrâneo é a região mais seca, bem como toda uma região do interior centro da Península. Fica evidente que a influência do ar atlântico condiciona os valores mais elevados, quer no norte litoral, quer a Oeste e Sudoeste. Em Portugal verifica-se mais uma vez o tão conhecido contraste diagonal, em que a precipitação diminui para Sudeste. O Minho e Douro Litoral são as regiões mais chuvosas, enquanto que o interior do Alentejo e a Região junto à foz do Guadiana são as regiões mais secas durante o Inverno.

Os factores geográficos que mais nitidamente surgem associados a esta distribuição da precipitação são a latitude (mais chuva a norte do que a Sul) e a continentalidade, ouseja, neste caso, a menor influência das massas de ar vindas de Oeste, do Atlântico. Tal aspecto pode ser observado na diminuição dos valores de precipitação para Este.

Dados de precipitação (Cliamte Research Unit – University of East Anglia)

Mapa realizado c om o Sotawre GrADS

 

Precipitação média de Verão

No Verão a situação é significativamente diferente. Para além de menores valores de precipitação o contraste espacial é agora Norte/Sul. Os Pirenéus e as montanhas Cantábricas são as regiões mais chovasas, enquanto que a Andaluzia e o Algarve são as regiões mais secas. Este contraste Norte/Sul espelha bem a influência da latitude como factor geográfico. No entanto, o relevo é também importante no registo de elevados valores nas montanhas do Norte da Península (Pirenéus e Cantábricos). O mesmo contraste Norte/Sul pode também ser observado para Portugal.

O mapa também evidencia o facto de que a Península Ibérica não tem um Verão seco, como normalmente é designado. A área onde ocorrem valores iguais ou superiores a 100mm de chuva é relativamente extensa. Só mesmo no Sul da Península se poderá falar em secura estival.

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